segunda-feira, 28 de março de 2011

A Aspirina e o Coração

A aspirina é a substância salicilato de sódio derivada da planta Salix alba, usada como antitérmico e analgésico desde a Antigüidade. Elatambém pode ser usada como antiinflamatório, inicosúrio e estimulante.
Em 1920, o laboratório Beyer, da Alemanha que lançou a aspirina industrial no mercado, acrescentou ao seu produto o slogan " "A Aspirina não faz mal ao coração". Se dizia na época ser ela prejudicial ao coração. Por ironia da história, os anos revelaram o contrário. Durante muitos anos a aspirina era oferecida no mercado associada à cafeína visando diminuir os efeitos depressivos dela ao coração. Ainda hoje existem no mercado muitos produtos onde a aspirina é oferecida junto com outros medicamentos visando diminuir os seus efeitos indesejáveis sobre o sistema digestivo.
Argumentos a favor do uso da aspirina
1. Aspirina ajuda a prevenir ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais isquêmicos.
2. A aspirina é um medicamento eficaz e barato.
3. A aspirina interfere na produção de plaquetas e assim altera o propensão para a formação de trombos (coágulos) reduzindo os riscos de acidentes cardiovasculares.
4. Por ano morrem nos Estados Unidos cerca de 900.000 pessoas em decorrência de acidentes vasculares cerebrais ou cardíacos. Calcula-se que de 5.000 até 10.000 dessas mortes poderiam ser evitadas com o uso da aspirina.
Argumentos contra o uso da aspirina
1. Os acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos são mais freqüentes quando o paciente está recebendo aspirina.
2. As evidências sugerem que a aspirina não previne acidentes vasculares cerebrais ou cardíacos em pacientes que não estejam acometidos de doenças vasculares. Alguns estudos sugerem que isso não seja verdade.
3. Nenhum medicamento está isento de riscos. O uso de aspirina pode provocar problemas sérios de saúde.
4. Pela alteração na formação de plaquetas a aspirina dificulta a formação de coágulos. Esse fato pode provocar hemorragias, desde leves até severas. Por esse mecanismo a formação de um trombo vascular pode ser evitada mas em seu lugar ocorrer um sangramento que pode provocar um acidente vascular de maior gravidade.

Qual é o risco real de tomar aspirina?
O estudo básico referente ao uso profilático de aspirina foi realizado em 22.071 médicos entre 40 e 84 anos. A metade recebeu 325 mg de aspirina diariamente e a outra metade recebeu um placebo. Ao final de 5 anos aconteceram 23 acidentes cerebrais hemorrágicos entre os médicos que tomaram aspirina e 12 entre os que receberam o placebo. Estudos posteriores confirmaram esses achados. Pelo número de médicos envolvidos a incidência foi pequena, mas significativa por ter sido o dobro.
Esse estudo deveria se prolongar por mais anos, mas no fim dos 5 primeiros, a incidência de acidentes vasculares cardíacos foi tão significativamente menor entre os que recebiam a aspirina, de modo que foi considerado antiético manter o grupo que tomava placebo afastado dos benefícios da aspirina.
Estudos outros acumulando a experiência em 55.462 paciente que receberam ou não aspirinas, todos foram acompanhados durante 37 meses e a dose de aspirina variou de 75 até 413 mg por dia. Em cada 10.000 pessoas que receberam aspirina houve 137 infartos e 39 acidentes vasculares cerebrais isquêmicos a menos. No entanto ocorreram 12 hemorragias cerebrais a mais no grupo que recebeu aspirina. Se considerarmos um outro índice, o de sobrevida, houve 15 % a menos de mortes entre os que receberam aspirina. Houve também 12% a menos de acidentes vasculares cerebrais isquêmicos ou embólicos nesse grupo.

Um comentário:

  1. A aspirina é um medicamento com pós e contras, e tem riscos como qualquer outro medicamento , cabe a nós juntamente com nosso médico avaliar o uso, já que os benefícios vão variam de pessoa para pessoa, e sem esquecer que é errado a auto-medicação, pois trás muitos riscos a nossa saúde. Tomar medicamentos somente com prescrição medica.

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